quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Brasil é um dos campeões! Infelizmente!!!

Isso mesmo o Brasil é campeão sim, só que de um aspecto negativo, o que também não é nenhuma novidade visto que ele tá ou tava sempre na briga em diversos aspectos negativos como desmatamento, qualidade de vida, de saúde, índice de analfabetismo... Mas a liderança dessa vez é em lixo tecnológico ou lixo eletrônico. E não estou falando do lixo eletrônico que você ver em seu e-mail, por exemplo, os spams, ou aquela quantidade imensa de arquivos e backups que se é guardado no HD, em storages, pen drives, CD, DVD... Não que isso não seja importante, visto que as empresas estão cada vez mais preocupadas com esse tipo de lixo, apesar de se ter cada vez mais facilidades e disponibilidade de espaço virtual, esse número não está acompanhando a quantidade de dados que é gerado, principalmente quando se duplica (o que é comum nos computadores – o mesmo arquivo em vários lugares), mas essa vertente do lixo eletrônico não é o foco (pelo menos dessa vez!).

O assunto é o lixo eletrônico ou tecnológico gerado fisicamente como equipamentos que quebram, que são substituídos por mais novos, por mais úteis... Mas e o antigo, o que fazer? Entulhar? Jogar no lixo? Esse tipo de lixo ainda é, em sua maioria, produzido pelos países desenvolvidos, mas o Brasil tá chegando lá, não na parte de ser um país desenvolvido, mas na criação de lixo eletrônico (infelizmente). Atualmente o Brasil está na primeira colocação dos criadores de lixo tecnológico por habitante entre os países emergentes, produzindo cerca de meio quilo de lixo por ano para cada habitante brasileiro. Essa quantidade toda de “lixo” aliada com a falta de lei sobre o assunto na nação está gerando diversos problemas, visto que as empresas produtoras não são obrigadas a recolher e, por não ter essa obrigação, não querem gastar dinheiro com essa finalidade; por outro lado, os consumidores não querem estocar em casa peças de computadores, telefones, televisões, geladeiras e eletroeletrônicos em geral.

O problema é que não se trata de um lixo comum, diversos componentes tóxicos ao solo, água, plantas, animais e aos seres humanos estão presentes nos eletroeletrônicos e sendo despejados de forma inadequada. Entre os componentes problemáticos, podemos citar a variedade de metais pesados encontrados como o ferro, alumínio, cádmio, arsênio, chumbo, níquel, prata, ouro, mercúrio (se for pesquisar mesmo, acho que vou ter que escrever quase toda tabela periódica) e até mesmo o plástico que, até onde sei, não é prejudicial à saúde (nem metal pesado), mas pode demorar até 450 anos para se decompor. E o problema não se restringe apenas aonde o “lixo” foi colocado, visto que a contaminação pode afetar direta ou indiretamente outras localidades, assim como os componentes podem ser transportados sob a forma de gases, poeira ou fauna aquática para diversos ouros lugares.

Agora você deve estar pensando: “Ok, o problema realmente existe, mas o que posso fazer? O que está sendo feito?”. O ideal seria utilizar o que é explanado como solução 3R: reduzir, reutilizar e reciclar. Isso significa reduzir a produção e ampliar a vida útil do produto (o que vai contra o mercado atual), reutilizar o equipamento ao máximo e reciclar os produtos antigos/quebrados para produção de novos objetos. Mas o funcionamento exemplar do 3R ainda é uma utopia. Com relação à legislação nacional, tem-se um projeto de lei 203/1991 (isso mesmo, de 1991) que até hoje tenta aprovação para dar diretrizes ao lixo eletrônico. Enquanto essas metodologias e leis não vingam, ações isoladas e louváveis estão sendo realizadas mesmo que em pequena escala, como a da empresa DELL que recolhe seus equipamentos e envia para reciclagem (instruções em: www.dell.com/recycle); a coleta seletiva da prefeitura do Recife que conserta o material recolhido e encaminha para a população de baixa renda (instruções pelos telefones: (81) 3355 1070 ou 3355 1034, ou pelo e-mail coletaseletiva@recife.pe.gov.br); outra opção é a associação Trapeiros de Emaús que conserta os computadores para vendê-los, sendo o dinheiro revertido para manutenção dos Trapeiros e em cursos profissionalizantes (instruções pelos telefones: (81) 3451 2247 ou 3451 5604).

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