terça-feira, 6 de abril de 2010

Virtualidade Real, da ciência ao nosso cotidiano virtu-real

Durante muito tempo vimos em filmes, normalmente de ficção científicas, ou nos jogos mais evoluídos um conceito de realidade virtual. Realidade (do latim realitate) significa: que existe realmente, qualidade do que é real; como antônimo tem-se fantasia ou ficção. Virtual (também do latim virtuale) significa: que não existe como realidade, que não tem efeito no universo real. OPS... Então REAL pode ser visto como OPOSTO de VIRTUAL, assim como realidade para virtualidade?!? Mas a junção desses dois antônimos vira algo novo real, mas virtual; virtual, mas real; algo tão bem feito que faz com que você pense que é real, mas que não passa de um simples jogo, vídeo ou algo tecnológico; uma forma mais natural de interação entre um usuário e uma máquina ou tecnologia, através da imersão do usuário num ambiente tridimensional sintético, que de certa forma existe, mas não é real (o que, pensando objetivamente, não existe); ou ainda algo virtual tão presente que se torna real. Por essas e outras, que acredito que a ciência e tecnologia não pode, nem quer, ser descrita em um dicionário.

Voltando a realidade virtual, na ciência as pesquisas avançam. Pesquisadores ingleses, entre eles representantes da Universidade de Warwick, apresentaram um novo sistema de realidade virtual, em formato de capacete e futuramente um casulo virtual, que permite que o usuário, além de ouvir, ver e tocar os objetos, também sinta os cheiros e sabores associados à cena virtual apresentada. Esse novo ambiente foi cunhado com a intenção de oferecer uma "real" experiência onde todos os sentidos são estimulados de tal forma que o usuário perceba a experiência como uma imersão total, de forma que seu cérebro não seja capaz de distinguir se é real ou virtual.

Em um mundo mais cotidiano, chegamos à imersão profunda em um novo ambiente virtual disposto nas mais diversas formas na plataforma da Internet, composta por sites, livros, figuras, rádios, TVs, informação, lixo... Esta junção é muito mais do que uma multimídia como falam por aí, ela deve ser tratada como uma nova mídia (por sinal, completamente diferente). E se nós, cada vez mais, vivemos conectados (para trabalho, lazer, estudo...) e cada vez mais dependentes dela, isto vira, de certa forma, nossa realidade. Então é uma realidade virtual (mesmo que seja em outro contexto ou forma de se pensar) ou será uma virtualidade real. Acredito que a segunda opção seja mais coerente (não pelo uso do dicionário).

A virtualidade real pode ser proposta como um novo ambiente cultural simbólico, formada por processos de comunicação digital onde o domínio está na diversidade das expressões culturais, mais elitista ou popular, boa ou ruim, interligando, no mesmo espaço de tempo o passado, presente e o futuro. E nesse contexto o que era virtual torna a ser real e o que é real, às vezes perde o valor, podendo ser descartado ou virtualizado. Empresas que nasce e cresce no mundo virtual, em alguns casos sem existir fisicamente, e dão lucros revertidos para a moeda real e geram empregos reais e/ou virtuais é um grande exemplo desse novo ambiente.

Mas e agora? O que é real e o que é virtual? Será que tudo é ou pode ser virtu-real? Não sei... Mas pode ser um tema para outra publicação.

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